A deputada municipal do Bloco de
Esquerda, na passada Assembleia Municipal da Covilhã, questionou a
Câmara Municipal da Covilhã sobre a utilidade de um Boletim
Municipal, edição de luxo, única e exclusivamente com fotos
dedicadas ao estágio da selecção. O senhor presidente da Câmara
da Covilhã referiu-se às questões da deputada Neli
Pereira como
questões de “demagogia barata”. Demagogia barata? Grande lata!
Opinião de João Mineiro
1 – O senhor presidente da Câmara
afirma que cortar em despesas sociais é uma inevitabilidade e
desdobra-se em discursos retóricos de controlo da despesa. Contudo,
a questão que se impõe:
Que justificação têm os gastos
decorrentes da impressão de 20 mil exemplares de um boletim
Municipal de luxo, num tempo de crise como a que vivemos?
2 – A selecção nacional acabou o
seu estágio e a questão que se impõe é:
Quais são as repercussões económicas
e sociais concretas decorrentes do estágio da selecção na Covilhã
que não sejam meros discursos retóricos de imagem e de marketing?
3 – O senhor presidente da Câmara
passa a vida a falar do rigor e de coerência na autarquia. Contudo,
as questões que se impõem são:
Foi feito algum orçamento ou
planeamento sobre as despesas concretas para o município decorrentes
do estágio da selecção nacional?
Qual foi o valor exacto gasto pela
autarquia para o estágio da selecção nacional de futebol?
A adjudicação das obras foi feita com
ou sem concurso público?
Demagogia?
Demagogia é não fazer planeamentos
sérios, não fazer estudos de custo/beneficio e usar discursos
retóricos vazios em que não é apresentada nem uma vantagem
económica ou social concreta da vinda da selecção.
Os cortes na área social? Esses serão
certamente para manter.
João Mineiro
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