O relatório do organismo europeu que recolhe e trata os dados relativos
à evolução da força laboral na União Europeia destaca a quebra na taxa
de emprego - no que respeita aos trabalhadores até 64 anos - nos 27
países da UE em 2009 (64, 6%), após uma subida constante entre 2002
(62,4%) e 2008 (65,9%).
Mas no que respeita à população activa mais idosa (entre 55 e 64
anos), a taxa de emprego continuou a crescer, atingindo os 46% em 2009, o
que representa uma subida de 1% ao ano desde 2000.
No total da população activa, a taxa de emprego atribuída a Portugal
não diverge muito da média europeia (66,3%), mas o mesmo não se passa
no capítulo dos contratos a prazo e do trabalho em part-time.
Com uma taxa de 22%, um em cada cinco trabalhadores em Portugal tem
um contrato a prazo, ou seja, apenas a Polónia (26,5%) e a Espanha
(25,4%) ultrapassam o nosso país. A média europeia a 27 é de apenas
13,5%.
O contrário acontece no trabalho a tempo parcial, que faz parte do
quotidiano de 18% da população activa da UE, mas que em Portugal atinge
apenas os 8,4%. Os baixos salários praticados ajudam a explicar a baixa
percentagem portuguesa e a Holanda destaca-se nesta lista, com 47,7%,
seguindo-se a Suíça (33,4%), a Noruega (27,8%), Suécia (26%). Dinamarca,
Alemanha e Reino Unido surgem também acima dos 25%.
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