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Uma economia sem presente nem futuro Imprimir e-mail

Bruno GóisA diminuição da população empregada incidiu com particular violência sobre a população entre os 15 e os 35 anos. (...) A manifestação de estudantes do superior, a 17 de novembro, que contou com milhares de estudantes e a greve geral do próximo dia 24: são momentos de manifestação da exigência da devolução das nossas vidas e do nosso futuro.

 

Opinião de Bruno Góis

O Instituto Nacional de Estatística divulgou, no passado 17 de novembro, os números que tomam o pulso da nossa economia. Nos últimos meses, tem sido registado crescimento económico contudo, e mais relevante para uma economia centrada nas pessoas, os números do desemprego não param de aumentar.

A população empregada estima-se em 4 milhões e 964 mil pessoas: o número mais baixo desde finais dos anos 90. Esta quebra do emprego afecta a população em geral mas, particularmente, as mulheres, os contratados a prazo e os “recibos verdes”.

No que se refere às jovens e aos jovens, os números são ainda mais assustadores. Também de acordo com os números oficiais, a diminuição da população empregada incidiu com particular violência sobre a população entre os 15 e os 35 anos. No terceiro trimestre deste ano, foram destruídos 87 mil postos de trabalho ocupados por jovens.

O futuro não é nada animador, uma vez que a tendência é para o desemprego de longa duração: 55,7 por cento dos desempregados está nesta situação há mais de 12 meses. E, com as políticas recessivas do governo, o que é espectável é que o desemprego aumente.

E se os números oficiais não são nada animadores, a situação piora quando se estima que para além dos 609,4 mil desempregados e desempregadas está mais de uma centena de milhar de pessoas que não estavam a procurar emprego nas três semanas anteriores ao inquérito ou que o desespero e o cansaço já levou a desistir da procura. A taxa de desemprego está calculada em 10,9 por cento, mas se juntarmos as largas dezenas de milhares de pessoas que são excluídas do números por detalhes técnicos: a taxa de desemprego roça já os 13 por cento.

Estes são números reveladores de uma economia sem presente nem futuro, subordinada a números de crescimento que pouco dizem sobre a realidade da vida das pessoas. É necessária uma ciência económica e uma economia centradas no desenvolvimento humano e não no crescimento cego, que não destinge nem rejeita o crescimento feito à custa da degradação humana e do roubo do futuro das gerações. A luta para mudar de rumo é urgente e particularmente as jovens e os jovens, também em nome do seu próprio interesse, devem assumir que é tempo de ser exigente.

A manifestação de estudantes do superior, a 17 de novembro, que contou com milhares de estudantes e a greve geral do próximo dia 24: são momentos de manifestação da exigência da devolução das nossas vidas e do nosso futuro.

 
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