Sexta-feira, 19 de Fevereiro, pelas 21h, realiza-se
no
Auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco a Sessão Publica
“Porque
Falhou Copenhaga? Depois Da Cimeira, Lutas Pela Justiça Climática”.
Esta sessão pública é uma iniciativa do Bloco de
Esquerda e
conta com a presença dos seguintes oradores:
Rita Calvário (deputada
Bloco à
Assembleia da República), Manuel Costa Alves (meteorologista e deputado municipal
do Bloco em Castelo Branco) e Ricardo Coelho (participante na Cimeira de
Copenhaga).
Em sessões públicas pelo país, o Bloco debate as razões do
fracasso de Copenhaga e os caminhos do activismo que marcou a cimeira do lado
de fora.
O Bloco de Esquerda realiza nas próximas semanas várias
sessões públicas com o título "Porque falhou Copenhaga? Depois da cimeira,
lutas pela justiça climática". Estes debates contarão com Rita Calvário,
deputada do Bloco, Marisa Matias, eurodeputada do Bloco, e ainda activistas que
participaram na contra-cimeira em Copenhaga. Estas sessões terão início no dia
13 de Fevereiro no Barreiro, seguido pelo Funchal, Braga, Bragança, Castelo
Branco, Portalegre, Vila Real, Estremoz, Coimbra e Aveiro.
Hoje é evidente que a Cimeira de Copenhaga falhou no seu objectivo de conseguir
um acordo entre os países industrializados para combater as alterações
climáticas. Da cimeira apenas saiu um acordo que não impôs qualquer medida
vinculativa, apresentado pelos EUA e apoiado por outros 25 países. Passados 17
anos do início das negociações climáticas, o ambiente é de regresso estaca
zero.
Em Copenhaga o movimento global pela justiça climática ganhou força, criou
raízes, consolidou-se e apresentou alternativas reais às políticas ineficazes
defendidas pelos países ricos: abandono do uso de combustíveis fósseis,
reconhecimento e pagamento da dívida ecológica, promoção da participação das
comunidades afectadas e rejeição da criação de novos mercados especulativos.
No Fórum pelo Clima juntaram-se milhares de activistas e cerca de 400
movimentos de todo o mundo, que subscreveram a declaração “Mudemos o sistema,
não o clima”. Várias manifestações encheram as ruas. O alterglobalismo nascido
em Seattle atingiu, dez anos depois, a sua maturidade.
As perspectivas do movimento concentram-se agora em Abril, quando se realiza
uma contra-cimeira na Bolívia para demonstrar a força e as alternativas da
resistência popular às soluções das potências industrializadas para as
alterações climáticas a apresentar na cimeira de Dezembro no México.
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