Despedimentos na Proudmoments - Fundão |
As 120 trabalhadoras das confecções Proudmoments receberam carta de despedimento. A empresa sedeada no parque industrial do Fundão tentou obter apoio do Governo para viabilizar o seu funcionamento. O Sindicato Textil da Beira Baixa (STBB) e a Câmara Municipal do Fundão também reivindicaram esse apoio do Governo. A deputada do Bloco Mariana Aiveca exigiu ao Governo esclarecimentos sobre a ausência de qualquer resposta ao plano de reestruturação económica da Proudmoments por parte da respectiva tutela e questionou, em março, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS) e o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento (MEID) sobre a situação da Proudmoments e das suas trabalhadoras. As repostas à deputada só chegaram, em maio. As respostas revelavam conhecimento e "acompanhamento" da situação (ver resposta do MTSS e resposta do MEID), mas o que é facto é que o apoio não foi dado e a situação da empresa agravou-se. O STBB afirma que o salário de outubro e parte de setembro de 2009 "são valores que vão ser reclamados no processo de insolvência da empresa". O Governo tardou e falhou.
No final de outubro de 2009, a Administração da Proudmoments, empresa instalada na Zona Industrial do Fundão, anunciou que «por falta de encomendas não iria pagar o que deve», recomendando às 115 trabalhadoras a suspensão dos seus contratos de trabalho por um período de «três meses para encontrar uma solução» para aquela unidade fabril. Na sequência, em janeiro do presente ano, a Administração informou deter «um projecto de recuperação da empresa que contempla a procura de novas encomendas e a retoma faseada da laboração». Atendendo aos atrasos no pagamento de dois salários e de parte do subsídio de férias, dificuldades constantes no decurso de 2009, as trabalhadoras decidiram manter a suspensão dos contratos de trabalho. Ao longo dos últimos anos, diversas empresas do distrito de Castelo Branco foram encerradas ou deslocalizadas, agravando a situação económico-social de inúmeras famílias, pelo que urge responder aos planos de recuperação apresentados à tutela governativa, cujo compasso de espera até à sua aprovação promove grande instabilidade e incerteza às famílias. Perante as cartas de despedimento recebidas, na passada quinta-feira, pelas 120 trabalhadoras das confecções Proudmoments, é caso para dizer que o Governo tardou e falhou. |